terça-feira, 29 de março de 2011

Inspiração em dias de T.P.M. resulta nisso, kkkkkk!!!

O gigante da angústia


            Quem já sofreu – e quase todo o mundo já possui essa experiência – sabe e conhece muito bem o gigante da angústia. Ele é sorrateiro, não manda recados. Chega de repente. Não há alegria efusiva que não se renda a este homenzarrão.
              Sim, ele é enorme. E com tal força dá-nos um abraço, não é letal porque não se morre, pelo menos num primeiro momento, de angústia. Mas a longo prazo, acho, tenho quase certeza que sim.
           Você não se dá conta do momento exato de sua chegada, apenas vai sentindo sua presença e que maneira mais dolorosa de sentir a presença desse “alguém”. Ele vai nos abraçando, primeiro de maneira suave, apenas para sentirmos que ele já está presente. Mas seu abraço, que não é nenhum brinde a vida, vai se tornando apertado, e lento, e apertado. Sentimos que sua mão aperta -internamente e diretamente- o nosso coração.                                                                                                                                    
          Vagarosamente sentimos a respiração difícil, faz-se um enorme esforço para se tomar o ar. Na garganta um nó tão bem dado que nem marinheiro saberia desatar, pálpebras pesadas, desânimo se avizinhando, pensamentos se confundindo. É neste exato momento, que conhecemos o filho que ele traz consigo, não é grande como o pai e na maioria das vezes se esconde de outras pessoas. Seu filho chama-se Choro.
                Queremos saber quem convidou pai e filho? Porque eles estão presentes...

Bj enorme,

Eliane Letrass

2 comentários:

  1. Adorei seu texto e seu blog. Virei seguidor. Depois passe em http://lectandome.blogspot.com
    Abraço fraterno,
    Jasanf.

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  2. Olá, doce Eliane.

    Passando para ler-te e para deixar-te um abraço de uma doce noite de sexta para você!

    Pai e filho, às vezes, sobrinha(tristeza), primo (vazio), etc. Rsrs.

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