sexta-feira, 22 de julho de 2011

Aversão


Eu não quero nem te ver na minha frente,
Não quero nem passar por você,
Tenho pavor a você.
Aquele desejo profundo que existia de
estar  ao seu lado
transformou-se em aversão, asco...
Não quero passar por alguém, ver alguém
Que tanto me fez mal.
Um assassino de sonhos.
 Pode até parecer pouco,
Mas era tudo o que eu tinha:
SONHOS.

Lyu Letrass

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Pela passagem do dia internacional do amigo, deixo aqui um texto sobre amizade, na verdade, eu gostaria de postar as fotos/nomes de meus grandes amigos, mas, rsrsrs... Bom... Eles sabem o quanto de amor que tenho por cada um!

          
          Se Afonso Romano de Santanna me permite a paráfrase: “Na escola da amizade declaro-me eternamente matriculada”. Sinceramente, acho que esta é a única disciplina na qual não quero nunca ser “aprovada”. Há sempre o que aprender, a amizade é algo que transcede a explicação minimalista de fatos, ou as enfadonhas e intermináveis equações físicas e matemáticas. É algo divinal que chega-se a pensar que não é possível existir. Mas existe, ahhh sim, para o bem da nação mundial, a amizade existe e necessita ser estudada, exercitada e muito mais que isso, comungada.
            Às vezes, tira-se uma nota ruim, pois a disciplina é ampla e não se tem um planejamento global perfeito a seguir, andamos por caminhos ainda desconhecidos o que nos deixa suscetíveis ao erro, o que não é pecado, nem gera expulsão, é uma das poucas disciplinas onde se tem sempre uma segunda chance, chamem como quiser: colher de chá, recuperação, estudos orientados, estudos independentes ou quiçá, progressão parcial... (Sinto no fundo do meu ser que do tempo de professora no estado de MG, ainda estão presentes muitas nomenclaturas, kkkkk!).
           Mas enfim, não importa a terminologia, e sim a planetária e imensa necessidade que temos de tornar-nos eternos estudantes da disciplina "Amizade".
            Evasão??? Jamais!
            Avante ao eterno e crucial estudo do ter, ser e fazer-se Amigo...
Bjim amigo!
Lyu Letrass

sábado, 16 de julho de 2011

O renascer da fênix a cada ilusão de ótica


                         Pensando na infinidade de relacionamentos amorosos que não deram certo para algumas amigas, conhecidas e até mesmo para mim, percebi que o sexo feminino tem uma incrível capacidade de se refazer após relacionamentos errôneos. Os homens? Os homens de tanto fingirem que não se importam, acabam não se importando mesmo, ativam o status “disponível” e já partem para o próximo “rabo de saia”, é claro que eu estou generalizando, existem sim alguns poucos, ou melhor, alguns raros que sofrem com o fim de seus relacionamentos e ficam tristes, mas é bem passageiro, até a próxima passageira descer em seus terminais.
            Nesses momentos descobrimos, aliás, vivenciamos a experiência de uma ilusão de ótica. E cá pra nós, ultimamente, o que mais há nesse nosso louco mundo é ilusão de ótica, muita ilusão... A ilusão de ótica acontece quando nós mulheres pensamos ter encontrado ele, o cara, o sol de nossos “sistemas”, aquele que traria calor e sobrevivência para nós: meigos “girassóis”. Girassóis que nascem, crescem no afã genuíno de encontrar esse astro rei que reine absolutamente em seus corações. Um sonho pequeno e a primeira vista simples de realizar. Simples??? Eu disse simples? Foi engano, não é nada simples, ao contrário, é algo que para algumas se torna um labirinto, e este não é como o de Dédalo que tem saída.
            Mas quando se fala em ilusão de ótica, sabe-se que um dia ela acaba, é quando após algum tempo descobre-se, muitas vezes de maneiras não muito agradáveis, que simplesmente não era o tão sonhado “sol”, era apenas um vaga-lume na imensidão escura de nossas solidões... Doamo-nos, entregamo-nos e via de regra, essa entrega é de corpo e alma. Agora fazer tudo isso pra um simples vaga-lume, fala sério, hein... Ninguém merece! Ilusão de ótica tem dessas coisas... Não é proposital. Ela engana nosso sistema visual e faz-nos ver qualquer coisa de modo errado ou exatamente da forma que queiramos, diferente do que o é na realidade. Nossa cognição - infelizmente - nos traí e nos dá exatamente aquilo que queríamos, semelhante a uma miragem...
            Mas, nós mulheres, fomos feitas com esmero pelo Criador com dose extra de força, de capacidade de regeneração e por isso ferem-nos muitas vezes e de diferentes maneiras e a cada ferimento, tal qual a fênix, ressurgimos mais capazes que antes. Pequenos vaga-lumes existem aos montes. Muitos até acham que são/estão escassos e daí??? Algumas mulheres como eu, Regina e Ana Paula (narcisismo feminino, toda mulher tem um pouco, rsrsrs) somos “inecontráveis” (com direito a neologismo específico), bom, inecontráveis é só pra exaltar nossa condição de singularidade, porque nós existimos (sim!) e outras tantas por aí. Mulheres especiais que só querem um astro rei para seus corações, que aguardam pelo raiar de um Sol resplandecente que brilhe e acabe com a escuridão, relâmpagos e tempestades noturnas, que faça cessar a chuva dentro delas, dentro de nós.
            Fênix que somos por teimosia vamos ressurgindo, trazendo dentro de nós centelhas de esperanças, de renovo. Renascemos das cinzas da decepção após o desmoronamento de uma supra-realidade criada pela nossa própria ilusão de ótica. Deixamos as “coisas velhas”, tudo que era apenas visão parcial e entramos em auto-combustão e renascemos fortes, com nuanças infinitas de coragem. Com cabeças erguidas emergimo-nos muito mais reluzentes que esses meros vaga-lumes (é óbvio) que nos fazem perder tempo em nossa busca por alguém realmente especial e que valha um mínino de tudo que somos e que podemos realizar...
            Renascer, refazer, regenerar podem até ser palavras etimologicamente masculinas, mas encabeçam o dicionário de sobrevivência feminina. Tenho dito!
Bjim iluminado!
Lyu Letrass

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Inspiração


Hum... Todo mundo acha que é bem fácil escrever, mas, para a surpresa de todos não é. Escrever não é como ir a um supermercado e encher o carrinho de tudo aquilo que lá está exposto, saltando aos olhos – e ao bolso – para ser comprado e consumido. Claro que existe (diz a lenda!) a tal inspiração, mas tenho minhas dúvidas, acho que têm muito mais gente tentando escrever do que eu pensava, porque a dita cuja anda muito desaparecida – pelo menos pra mim.

E quem pensa que estas são palavras de amadora, muito se engana, o grande escritor Rubem Alves - minhas “letras” trabalhadas na ousadia sonham em ser ao menos parentes distantes das deles, rsrsrs - disse que “escrever é um sofrimento”, quando faz a comparação do ato de escrever com o de cozinhar, afirma também que cozinhar é muito mais simples já que os pratos que o cozinheiro faz são previamente testados, provados e apreciados. Quem escreve, ao contrário, trava uma luta solitária na busca pelas palavras certas, a coerência, a coesão, a semântica, as metáforas, enfim, tudo perfeito para causar em quem lê o prazer inigualável semelhante ao prazer de comer.

Eis aí a pedra, digo, as pedras no meu caminho e é exatamente por isso que não escrevo, sempre, sempre: o medo de minhas letras não serem “gostosas” ao paladar. Tudo isso porque minha vontade é semelhante à de Rubem Alves, sabe-se que quem escreve há de se queimar (sempre), “mas vale a pena ficar queimado pela alegria no rosto de quem come a comida que se fez”. É pecado pensar como ele, é exigir muito querer ser lida e apreciada? Se for, peço perdão por tal transgressão, no fim das contas é apenas minha preocupação, minha aspiração de causar prazer na degustação. Apenas um desejo do mais profundo de meu coração...

Mas de vez em quando surge uma lâmpada brilhante dentro de um balão de pensamento como nos desenhos animados, já sabemos que algo bom brilhou na imensidão escura de um labirinto indagativo e por vezes tem-se sorte e consegue-se fazer um banquete, um manjar dos deuses para a degustação alheia.

 Então... Mas isso não acontece de vez em sempre, kkkkk! Hoje, por exemplo, deixo-os apenas   com esse pequeno aperitivo nascido da vontade de dar-lhes um grande banquete.

Bj adociçado!
Lyu Letrass

domingo, 10 de julho de 2011

Via da dor

             
               É estranho... Fiquei me indagando que sensação era aquela que não me permitia confabular, sequer pensar, não consegui -durante 5 dias- escrever absolutamente nada, nem os pequeninos microcontos. Que sensação arrebatadora estaria me abatendo? Suor frio, arrepio, falta de concentração, ausência total de imaginação. E o meu blog, coitado, abandonado, vivendo a sina de não crescer, de não comunicar. Triste não? E eu???  Ora... Eu fiquei atordoada... Sobre o que eu escreveria?

            A única coisa que eu pensava naquele momento era como aquela sensação era tão egoísta, tão mandona, só podia mesmo ser feminina, como eu, como todas as mulheres que querem toda a atenção voltada para elas. Pensei, então, em descrever as impressões que eu estava vivenciando:


             Uma chama, uma labareda queimando 24h do dia num único lugar, todo o corpo em calmaria e só aquele lugar específico ardendo em fogo. Lembrei de Camões. Alguém poderia me dizer, tem provas cabais de que ele estava apaixonado, se estava -realmente- amando quando escreveu os versos: "Amor é fogo que arde sem ver, é ferida que dói e não se sente... é dor que desatina sem doer", não me levem a mal, mas depois de 5 dias num leito de hospital, cheguei à conclusão de que esses versos poderiam, igualmente, definir Dor. Foi o ilustre português também que disse "a dor acostumada não se sente", tenho minhas dúvidas...

            Pesquisando o conceito de dor descobri que a dita  "é uma experiência sensorial e emocional desagradável que advêm de uma lesão real ou potencial", faça me o favor, e ainda me disseram que poderia ser psicológica. Meu Deus!!! Se aquela dor era psicológica, não me permita, jamais, conhecer a real...

            A essa altura, algum leitor encabulado pode estar achando que é exagero de minha parte e eu sinceramente queria que fosse. Mas meus caros, não foi à toa que as mais antigas civilizações associavam a dor ao mal e a demônios. Algo tão ruim só poderia proceder do "lado negro da força", rsrs. E para curá-la? Hum... Trabalho para especialistas da área: feiticeiros, shamans e sacerdotes. Mas os sábios, gregos e  romanos - mais adiante - descobriram que a dor tinha/tem relação direta com cérebro e o sistema nervoso. Mas no clímax de minha dor (a situação melhorou, já estou até chamando de minha, rsrs) eu não queria saber de conceitos e historicidade daquela que estava me tirando o sono e a calma. Sabem o que eu queria? Droga, é isso mesmo! Qualquer uma que tivesse o poder de sanar, eliminar ou ao menos apaziguar minha dor. Podia ser ópio, kkkk, coca (alguém aí sabe se coca é anestésico? rsrs), enfim, qualquer uma. E me deram... Dipirona na veia! Mas chega um momento que a dor se mostrualiza e não para, não para. Se recusa a debandar.

           Bom... Um autor desconhecido disse que "se a tua dor te aflige, transforma-a num poema", como a impiedosa dor não me permitia pensar em rimas e versos, "escrevinhei" essa prosa um tanto dolorida, quanto autobiográfica, rsrsrs, no afã de que a máxima de Jean de La Bruyère "As dores contadas são acalmadas" se concretize!
            Pronto, já contei... Agora, senhorita, espero não vê-la jamais!


Bjim dorido!
Lyu Letras