sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Aqui estou de novo - e não sei se bom ou ruim - com minha super hiper mega sentimentalidade, kkkk, mas quem me conhece pessoalmente e até mesmo os que somente pelo blog já sabem como sou, portanto não será surpresa pra ninguém o teor do texto, kkk:

Aprendendo com o Pequeno Príncipe, sempre...




            “O mundo a cada dia torna-se oceano sem litoral” e “as relações humanas se desgastam tal qual o zinco sob o sal”, essas frases perfeitas são da trilha sonora do filme “The litle Prince”. O filme tal qual o livro é tão emocionante quanto. Sou muito suspeita pra falar sobre ele, aliás, eles. Desde pequena comecei a viajar em caldas de cometas para longínquos planetas na doce companhia do pequeno príncipe. Alguém tão especial que nem sequer um nome próprio possui, não que ele precise, esse detalhe não faz nenhuma diferença: todos o conhecem e lembram-se muito bem dele.
            Todas às vezes que leio esse livro sou tomada por um sentimento de querer ser melhor, de ser mais sensível, de valorizar o amor sobre todas as outras COISAS. Mas como ninguém é perfeito por vezes o alerta vermelho soa, isso acontece quando começo a ver chapéus ao invés de jibóias digerindo elefantes (quem já leu, sabe do que estou falando), neste momento me refaço, deixo a adulta de lado e chamo, grito exasperadamente pela doce criança bem lá no fundo, por instantes adormecida e esquecida.
            Adultos - vocês sabem - contabilizam tudo, materializam... Se descrevermos uma linda amarela casa com gerânios nas janelas, sequer tentam imaginá-la, segundo o pequeno príncipe, eles perguntam: quanto custa? Só sabem imaginar coisas que podem ser numeradas, seja preço, seja altura, peso, tudo que possa ser contado. E é bem por isso que as frases citadas no início desse texto fazem parte do filme do Pequeno Príncipe. Não há como as relações não se desgastarem num mundo onde só se busca o sucesso particular, onde o interesse é apenas se dar bem, tal qual o zinco sob o sal, essas relações são corroídas e assim como este, dificilmente são recuperadas.
            Eu só quero aprender a contar amizades especiais - e eu vou ter que continuar a contar, porque já são muitas; manhãs de sol; beijos doces; abraços que curam; dias com lua cheia (em homenagem à minha eterna amiga Dalila que ama a Lua e também me despertou tal sentimento); sorriso sincero de criança e outras simplicidades que enchem o coração de alegria, essas coisas, sim, dão prazer e matam nossa sede de ser. De sermos... puros, de sermos Crianças!
            Mas a cada dia “o mundo torna-se oceano sem litoral”, na minha curta e insignificante opinião imagino que assim fica o mundo quando se está só... Imaginem que não existisse terra firme onde pisar e o viver seria um eterno giro em torno do nada, sem ninguém para lhe acompanhar. Metafórico não é mesmo? Pena ser uma verdade que muitos tem fingido não perceber. Algumas pessoas já se encontram nesse oceano, mas por estarem muito ocupadas fazendo contas, esperando elogios, comandando ou majestosamente dando ordens, não têm percebido. Triste fim para seres humanos que foram criados para viver em sociedade, mas contrapondo ao plano primeiro, no lugar de sociedade, pirâmide.
            Mas enquanto eu e você não permitirmos que o adulto arrogante, interesseiro e narcisista sobreponha-se a puerilidade infantil, nossos mundos e daqueles ao nosso redor jamais se tornarão oceano sem litoral.

Bjo cativado,
Lyu Letrass

Obs.:  A título de curiosidade: Minha amiga Regina me deu o Pequeno Principe na versão pop-up (as ilustrações  - a cada página - se movem e parecem saltar do papel, algo belíssimo), bom, na verdade ela disse que o presente é para minha filha Mel (quando ela existir, kkkk). Tenho a leve impressão que foi o melhor presente que já ganhei (ganhamos, kkkk!) em toda minha (nossa) vida... 
Algumas fotinhas das páginas abertas para vocês terem noção:

É tão perfeito... Acho que Mel vai amaaaaar!