terça-feira, 2 de novembro de 2010

ESTRELAS



            Há quanto tempo não contemplava as estrelas. E acho que na minha – sutil infantilidade – que não há nada mais belo e mágico.
           Sim. Eu contemplei as estrelas. Fazendo uma viagem noturna, de ônibus – é claro, kkk – perdi o sono e nisso puxei a cortina da minha janela e lá estavam aqueles maviosos pontinhos brilhantes.
            Momento de saudosismo, lembrei-me de quando criança. Naquele tempo – tempo bom em que eu não sabia muita coisa- eu ia sempre nas férias pra casa de meus avós ( ia pra roça, como nós falamos no interior) e lá quando surgia a lua no céu, surgia também uma esteira no quintal. Quintal esse que tinha como telhado toda a imensidão negra do céu com suas companheiras eternas,  as estrelas. Ali sonhava-se. Ali contava-se historias de medo e de romance, as mais belas historias que minha vó conhecia. Muito bom ter recordado esse momento de minha vida.
             E assim, nesse saudosismo marcante, comecei a pensar... Cá pra nos eu – ate hoje – não sei bem aquela historia das estrelas, como surgiram e como ficam lá por tanto tempo.
             A gente nasce, vive, sofre, morre, e elas continuam lá no mesmo lugar.
             Fantástico!
             Mas eu não queria ser estrela para ver tudo se formar, crescer e morrer, e eu (estrela) ficar lá para todo o sempre vivendo única e exclusivamente de brilhar na imensidão do universo.
             Eu prefiro ser  gente mesmo: nascer, crescer, sorrir, chorar, ganhar minhas rugas –kkkk – mas além disso participar desse processo que é a vida. Tudo na condição de humana – eu posso! Eu posso amar, sofrer, sorrir, chorar, amizadear e óbvio, posso contemplar as infinitas e indiscutivelmente  belas estrelas no céu.
              Isso sim é bom!
Bj gg!

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