O gigante da angústia
Quem já sofreu – e quase todo o mundo já possui essa experiência – sabe e conhece muito bem o gigante da angústia. Ele é sorrateiro, não manda recados. Chega de repente. Não há alegria efusiva que não se renda a este homenzarrão.
Sim, ele é enorme. E com tal força dá-nos um abraço, não é letal porque não se morre, pelo menos num primeiro momento, de angústia. Mas a longo prazo, acho, tenho quase certeza que sim.
Você não se dá conta do momento exato de sua chegada, apenas vai sentindo sua presença e que maneira mais dolorosa de sentir a presença desse “alguém”. Ele vai nos abraçando, primeiro de maneira suave, apenas para sentirmos que ele já está presente. Mas seu abraço, que não é nenhum brinde a vida, vai se tornando apertado, e lento, e apertado. Sentimos que sua mão aperta -internamente e diretamente- o nosso coração.
Vagarosamente sentimos a respiração difícil, faz-se um enorme esforço para se tomar o ar. Na garganta um nó tão bem dado que nem marinheiro saberia desatar, pálpebras pesadas, desânimo se avizinhando, pensamentos se confundindo. É neste exato momento, que conhecemos o filho que ele traz consigo, não é grande como o pai e na maioria das vezes se esconde de outras pessoas. Seu filho chama-se Choro.
Queremos saber quem convidou pai e filho? Porque eles estão presentes...
Bj enorme,
Eliane Letrass
Adorei seu texto e seu blog. Virei seguidor. Depois passe em http://lectandome.blogspot.com
ResponderExcluirAbraço fraterno,
Jasanf.
Olá, doce Eliane.
ResponderExcluirPassando para ler-te e para deixar-te um abraço de uma doce noite de sexta para você!
Pai e filho, às vezes, sobrinha(tristeza), primo (vazio), etc. Rsrs.