Interrogações
Tenho pensado sobre o passado da minha vida e acabei por encontrar lacunas antigas. Tal qual criança me voltou o desejo de perguntar sobre como tudo acontece, porém, de forma mais madura. Entretanto, descobri que também não temos as respostas ideais. E as demais pessoas enganam-nos ou - igualmente a nós - não sabem as respostas.
Tateamos no escuro de nossas dúvidas, almejamos e buscamos respostas, mas elas não se entregam. Este nevoeiro de indagações e incertezas permeia toda a nossa vida e não se dissipa. O que fazemos na verdade é apenas aprender a viver, a sobreviver com a presença constante desse nevoeiro. Muitas vezes, por causa da impossibilidade de se enxergar esbarramos em pessoas, objetos, mas o interessante é que vamos vivendo sem uma receita específica, sem as respostas pra perguntas que já nascem conosco e bem provável, serão enterradas também...
Vivemos em um labirinto como o de Dédalo e semelhantemente, percorremos seus caminhos e algumas vezes, encontrar a resposta que procuramos é deparar com o minotauro, restando-nos fugir ou ser devorados por ele. Mas é inevitável, uma hora ou outra, por sorte ou azar, pode ser que encontremos tal resposta, e nesse momento, ela nos trará temor ou simplesmente contentamento.
Bom... Tudo isso é porque tenho curiosidades decorrentes de alguns aspectos pessoais e sentimentais, dentre eles: o motivo pelo qual gostamos de alguém sem um critério maior pré-definido e qual o motivo que leva as pessoas a sofrerem tanto com o fim de um relacionamento?
Quem não quer saber os porquês de paixões desenfreadas, de amores não correspondidos, de amores que extrapolam razões sociais? Pensei também sobre o efeito do sentimental sobre o material e descobri que a desilusão amorosa é igual a fantasmas de historinhas infantis, amedrontam mesmo quando não aparecem.
Todavia, foi me permitido perceber – de maneira bem fácil e simples – que procurar explicações é encontrar várias vertentes e dúvidas no lugar das certezas. Mas às vezes, uma dúvida pode ser bem melhor que uma certeza que não nos agrade. Sabendo disso fica menos complicado sobre(viver) nesse nevoeiro de indagações que é o nosso viver. E vamos vivendo..
Bjo interrogativo!
Lyu Letrass
Amiga, ainda somos pouco evoluídos, daí que não entendemos muito bem nossas emoções e nosso comportamento, consequentemente, surgem dúvidas, incertezas, interrogações...
ResponderExcluirUm abração. Tenhas uma linda linda.
O não saber, a falta e a busca por respostas é que tornam nossa vida emocionante e gostosa de ser vivida, penso que seria muito chato se tivéssemos resposta para tudo... AMEI O TEXTO!!! PARABÉNS ELIANE E WILSON!!!
ResponderExcluirAlguém muito suspeito para comentar... mas gostaria de deixar os parabéns pelo belo escrito. Mande abraços ao tal Wilson guedes.
ResponderExcluirAbraço carinhoso.
Graças as nossas dúvidas e ao nossos tateares no escuro é que vamos compondo um pouco de nós a cada novo dia.
ResponderExcluirSempre estamos em construções e evoluções. Viver é um ato contínuo... eterno, onde as buscas serão infinitas.
Lindo e tocante descrever.
Abraços
É isso aí, pessoal,
ResponderExcluirFaço uso de minhas próprias palavras, kkkkk, "Mas às vezes, uma dúvida pode ser bem melhor que uma certeza que não nos agrade", essa é a verdade, fatídica, mas real...
O não saber/conhecer, como vcs disseram é o pontapé que nos impulsiona a viver nossa vida de cada dia.
Obrigada a todos pelos relevantes leituras e comentários, são eles que me impulsionam a dar vida a este blog, kkkk.
bjim
E por mais que eu saiba que a dúvida, como diria Gessinger, é o preço da pureza, não consigo me desvencilhar dessa busca desenfreada pelos porquês. E a cada dia que passa me convenco que a vida é essa busca, o fôlego é a busca...Adoro as referências aos mitos gregos que você sempre coloca nos textos, eles dão um ar "clássico" às suas palavras.Beijo duvidoso!!!!
ResponderExcluirConcordo com Eliane Letras quando ela diz "Mas às vezes, uma dúvida pode ser bem melhor que uma certeza que não nos agrade", essa é a verdade, fatídica, mas real..." Dolorosa verdade, tô vivendo algo assim e o pior é que a gente se machuca também o tempo todo, menina vc tem escrevido pra mim esses últimos dias? Concordo ainda com Elzinha, Gessinger fala muito bem, ouvi isso em suas músicas e ouvi da boca de quem tanto me magoou essa semana, ouvi antes dele me magoar é claro! A gente não se desvincula da busca desenfreada por respostas e "verdades",e quando descobrimos algo que não nos agrada, o nosso mundinho cái e cái feio. Levantar parece algo impossível e mergulhamos fundo no nosso sofrimento. Fazer luto de tudo é sempre bom. Abraço Eliane. Seu texto é realmente maravilhosa...
ResponderExcluirElzinha,
ResponderExcluirQue bela crítica literária vc é, eu nem tinha percebido o qto faço uso dos mitos, kkkk, só qdo vc disse q eu me dei conta, impressionante, mas parece - q de alguma forma - sou atraída pelos mitos...
Eu estou amando te vê por aki. Suas leituras e comentários em muito contribuem para q eu continue a "escrevinhar"...
E meu bjo pra vc é e sempre será EXCLAMATIVO.
Te amo, muito...
Eliane Letrass
Cida Designar, é vc o anônimo que tem postado aqui, esses dias? Kkkkk...
ResponderExcluirBom... Sendo ou não estou feliz por meus textos falarem com você, e na verdade kem escreve, escreve para quem o lê, e o bom é isso: que haja identificação. Seus comentários - aliás de todos, não kero perder nenhum seguidor, nem tampouco seus comentários, kkkkkk - são mui relevantes para a continuidade desse blog. E ker saber de uma verdade: tenho aprendido mto com vcs aqui...
Obrigada pelos comentários, eles fazem toda a diferença. E eu espero continuar agradando...
Bjo enorme, Cida ou anônimo!
Ps.: Nem eu estou conseguindo postar aqui com meu login, kkkk...
Eliane Letrass
Oi Eliane, desculpa, mas não sou Cida Designar, rsrsrsrs... vc não me conhece e não te conheço,na verdade não conheço ninguém do blog, rsrsrsrs... encontrei o blog por acaso pesquisando no face. Conheço somente seus textos e sou fã da maneira como usa as "letrass" para transmitir pensamentos, conhecimentos, vivências... Abraço
ResponderExcluir“Mas às vezes, uma dúvida pode ser bem melhor que uma certeza que não nos agrade.”
ResponderExcluirFico feliz ao ler textos interrogativos como esse, que sempre me causam muitas exclamações (UAU!, SEM DÚVIDAS!, EU QUERIA TER ESCRITO ISSO!, PQP!!!, rsrsrs). E ao mesmo tempo que percebo que a ignorância é sim uma virtude, pois é uma forma de vida um tanto quanto menos sofrida, já que o que os olhos não vê, ou o cérebro não questiona, o coração não sente, ou a alma não padece. Felicito-me também ao perceber que não sou o tal virtuoso de minha citação, e mais feliz ainda em saber que não caminho sozinho por essas vias e encruzilhadas e que por elas estão os maiores questionadores e amigos do saber dos quais tenho notícia nessa geração, nesse texto representado por Li e Wilson! Enfim, meus cronistas prediletos, questionemo-nos!
Sílvio Rodrigo,
ResponderExcluirObrigada pelas sábias palavras que mais parecem - ao invés de comentário - um verdadeiro post, rsrsrs. vlw...
Sua visita e sua aprovação, essas sim, são para mim, certeza indubitável: Esse cara é mto meu amigo mesmo, rsrs! bjo enorme e mto obrigada pela visita...