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Ontem eu fiquei embevecida... Foi meu aniversário!
Eu sei que a ânsia e angústia para amanhecer no dia do aniversário da gente esperando a mãe ou pai entregar o presente não existe mais. Isso era comum até os 12, após essa idade passamos a compreender quando não era possível nossa mãe abdicar de certo dinheiro para nos presentear. Hoje,
se for necessário, fazemos até combinações para que o esposo/esposa não nos compre presente por causa do arrocho financeiro. Não há mais obrigatoriedade de se ganhar presente no dia do aniversário. Todos, todos (cônjuge, pais, filhos, amigos) ficam insetos, se assim precisarem, de gastar (um pouco a mais) com um presente. Temos consciência do que realmente importa e ganhar presentes, apesar de ser muito bom, não é mais a pauta do dia, ou pelo menos, não é a mais importante.
se for necessário, fazemos até combinações para que o esposo/esposa não nos compre presente por causa do arrocho financeiro. Não há mais obrigatoriedade de se ganhar presente no dia do aniversário. Todos, todos (cônjuge, pais, filhos, amigos) ficam insetos, se assim precisarem, de gastar (um pouco a mais) com um presente. Temos consciência do que realmente importa e ganhar presentes, apesar de ser muito bom, não é mais a pauta do dia, ou pelo menos, não é a mais importante.
Agora, ao invés de aguardar o presente ao raiar do dia, temos demandas maiores. A maior delas talvez seja encarar de frente os anos se passando. Um certo "morrer" a cada ano, parece trágico, mas não há outra explicação, caminhamos para isso.
Fazer aniversário até os vinte e dois foi perfeito, esplêndido! Tínhamos um quê de rebeldia, de que tudo podíamos realizar. Hoje, o peso dos 35 anos não me tirou a magia dos sonhos (creio que são eles que nos movem) eles permanecem, datas e layout alterados, tiveram suas prioridades trocadas, mas continuam a me mover, a me guiar avante. Não é exatamente triste fazer 3.5, o problema é que temos a plena certeza da dureza da vida, dos prazos burocráticos necessários para tudo que vamos fazer... Isso não é ruim, são doses extras de realidade!
Aos 22 se eu sonhava ter uma casa, parecia fácil... Aos 35, sei que tenho que poupar (muuuuuito!) ou me entregar até os 65 anos no "minha casa, minha dívida", kkkkkk! Não tem nada de triste, é o fluxo da vida. É meio sádico ter essas certezas, mas eu tenho 35!
Mas como eu estava dizendo, o dia foi maravilhoso não pelos presentes que ganhei (Sim! Eu ganhei muitos presentes...). Foi a presença fiel dos que me amam VERDADEIRAMENTE, pessoas que cruzaram o meu caminho e desde então - mesmo os que estão longe - se comprometeram comigo, com meu coração, e assim, após os meus 22 anos não aguardo mais por presentes, eu aguardo por cada um deles, por suas palavras, por seus desejos sinceros, por cada lágrima que me causam!
Espero não perder a sensibilidade de me emocionar com as palavras, com os gestos, porque isso sim, faz todo o sentido. Seria mesquinho e pobre aguardar um ano inteiro, 365 dias por um presente material. Presente maior foi o dom da vida!
Tudo ficou mais claro, olhem só, a palavra “aniversário” tem origem latina e vem da junção da palavra “annus” (ano) + “vertere” (voltar), ou seja, “aquilo que volta todos os anos”. E eu estarei aqui, a cada ano, aguardando por todo o amor e carinho sinceros, que espero, "voltem todos os anos"!
Amo vocês!